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Equipa portuguesa de saúde, desenvolve app para ajudar pacientes com doença arterial periférica  SPLS quer difundir todas as boas práticas que envolvem a literacia em saúde em Portugal

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Equipa do Walking pad: Rafaela Oliveira, cardiopneumologista, Ivone Silva, cirurgiã vascular, e Susana Pedras, psicóloga, são três das promotoras do projeto

Walking Pad: uma ferramenta de literacia em saúde e uma boa prática a seguir: O sistema permite importar prescrições e monitorizar caminhadas dos pacientes. Mais comodidade e redução de custos são algumas das vantagens.  

 

 

Há uma nova solução tecnológica, com base nos princípios da literacia em saúde,  que quer colocar os portadores da doença arterial periférica a caminhar nas suas áreas de residência. A ferramenta apresenta várias vantagens para os pacientes e os percursos são definidos através de receita médica. 

 

A WalkingPAD é uma app para telemóvel e foi desenvolvida por uma equipa do Hospital de Santo António, no Porto, e coordenado pela Doutora Ivone Silva, médica e Diretora de Serviço.

 

A Walking Pad integra um programa de exercício físico que pode ser realizado em domicílio (Home Based Exercise Therapy — HBET) baseado em  percursos estruturados que ocorrem no ambiente pessoal do doente e não num ambiente clínico. 

 

“A WalkingPAD é uma ferramenta que ultrapassa limitações ao ser um programa participativo de exercício físico, realizado num ambiente familiar. É por isso mais atrativo, personalizado, eficaz e de muito baixo custo e risco quando comparado com um programa de reabilitação realizado em ambiente hospitalar”, explica a cirurgiã vascular do Hospital de Santo António e membro do Conselho Científico da Sociedade Portuguesa de Literacia em Saúde (SPLS), Ivone Silva, criadora da aplicação digital.  

 

A WalkingPAD inclui um programa personalizado e supervisionado por profissionais de saúde que prescrevem um regime de exercícios semelhante ao dos programas realizados em ambiente hospitalar. Este plano leva em consideração quatro importantes fatores: o tipo de exercício (como caminhadas), a intensidade, a frequência e a distância.  

 

“A sua fácil monitorização, o necessário feedback e a intervenção motivacional para a mudança comportamental fazem desta ferramenta um verdadeiro recurso de literacia em saúde. Esta tecnologia permite agir na prevenção dos efeitos da doença e a promover a saúde”, defende a Presidente da SPLS, Cristina Vaz de Almeida.  

 

Do ponto de vista clínico, a aplicação para dispositivos móveis permite importar receitas para que o paciente possa aceder a várias opções de caminhada pré-definidas, apresentando também a opção de caminhada livre. A prescrição médica contempla ainda o número expectável de caminhadas semanais, bem como um limite mínimo de tempo de caminhada.  

 

Segundo a médica Ivone Silva, existem várias vantagens para o paciente: desde logo a comodidade, porque permite a autogestão da sua caminhada respeitando o horário laboral; a adoção de hábitos mais saudáveis, através da redução do absentismo; e a redução da despesa com os custos associados à deslocação para a instituição hospitalar.  

 

"Este recurso segue os princípios da Literacia em Saúde, melhorando o acesso à informação e sobretudo o uso dos recursos em saúde de forma acessível, intuitiva, disponibilizada a todos os pacientes, mesmo com baixa literacia em saúde, com a vantagem da sua adaptabilidade a um ambiente de confiança do paciente", refere Cristina Vaz de Almeida, Presidente da SPLS

 

“Trata-se de uma abordagem inovadora para redução de internamentos, cirurgias e sobretudo de amputações, que tem grande impacto negativo nos doentes, nas suas famílias, cuidadores e a sociedade como um todo”, conclui a médica Ivone Silva. Futuramente, a equipa ambiciona evoluir a aplicação para um dispositivo médico capaz de analisar padrões de caminhadas recorrendo a algoritmos de inteligência artificial.

A app pode ser instalada através deste link.

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